Doença Mão-Pé-Boca: O que é, Como Prevenir e Tratamentos

A doença mão-pé-boca, abordando sua história, sintomas, formas de transmissão, prevenção e tratamento. Baseado em pesquisas científicas, o texto destaca a importância da higiene e do cuidado infantil para evitar surtos.

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A doença mão-pé-boca (DMPB) é uma infecção viral altamente contagiosa, comum em crianças menores de cinco anos, mas que também pode afetar adultos. Causada, na maioria das vezes, pelo enterovírus Coxsackie A16, essa doença se manifesta através de lesões na boca, nas mãos e nos pés, acompanhadas de febre e mal-estar.

Neste artigo, exploraremos a história da doença, seus sintomas, formas de transmissão, tratamentos e estratégias de prevenção com base em estudos científicos.

História e Origem da Doença Mão-Pé-Boca

A doença mão-pé-boca foi descrita pela primeira vez na década de 1950, quando surtos foram relatados na Austrália e na Nova Zelândia. Desde então, tornou-se um problema de saúde pública em vários países, especialmente em regiões tropicais e subtropicais, onde sua transmissão é facilitada.

Os vírus causadores da doença pertencem à família dos enterovírus, sendo os principais o Coxsackie A16 e o Enterovírus 71 (EV71). Enquanto o Coxsackie A16 costuma causar casos mais leves, o EV71 pode levar a complicações neurológicas graves, como meningite viral e encefalite.

Sintomas da Doença Mão-Pé-Boca

Os primeiros sinais da doença surgem de 3 a 6 dias após a exposição ao vírus (período de incubação). Os sintomas incluem:

  • Febre moderada (entre 38ºC e 39ºC);

  • Perda de apetite e irritabilidade;

  • Mal-estar geral;

  • Lesões na mucosa da boca (aftas dolorosas);

  • Pequenas bolhas avermelhadas nas mãos, pés e ocasionalmente em outras partes do corpo;

  • Dores na garganta.

Na maioria dos casos, os sintomas desaparecem espontaneamente em cerca de 7 a 10 dias, sem necessidade de tratamento específico.

Como a Doença é Transmitida?

A transmissão da doença ocorre principalmente por contato direto com secreções respiratórias (saliva, espirros, tosse) e fezes contaminadas. Objetos e superfícies tocadas por indivíduos infectados também podem facilitar a disseminação do vírus.

Ambientes fechados, como creches e escolas, são locais propícios para surtos, já que crianças pequenas costumam compartilhar brinquedos e interagir de forma próxima.

Métodos de Prevenção

Como não há vacina específica para a doença mão-pé-boca, a prevenção baseia-se em medidas de higiene e distanciamento. Algumas recomendações incluem:

  1. Higienização frequente das mãos: Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos, especialmente após trocar fraldas e usar o banheiro.

  2. Evitar contato com indivíduos infectados: Crianças doentes devem permanecer afastadas da escola ou da creche até que estejam recuperadas.

  3. Desinfecção de superfícies: Limpar brinquedos, mesas e outros objetos compartilhados regularmente.

  4. Evitar levar as mãos à boca, nariz e olhos: Essa é uma forma comum de transmissão do vírus.

  5. Uso de copos e talheres individuais: Evitar compartilhar utensílios reduz o risco de contágio.

Tratamento e Cuidados

Não há um tratamento específico para a doença mão-pé-boca. Como se trata de uma infecção viral, o organismo combate o vírus naturalmente. No entanto, algumas medidas podem ajudar a aliviar os sintomas:

  • Hidratação adequada: É essencial beber bastante líquido para evitar a desidratação, especialmente se houver dor ao engolir.

  • Alimentos macios e frios: Sorvetes, iogurtes e purês podem ser boas opções para minimizar o desconforto na boca.

  • Analgésicos e antitérmicos: Medicamentos como paracetamol e ibuprofeno podem ser usados para aliviar a febre e a dor, sempre sob orientação médica.

  • Evitar ácidos e picantes: Alimentos ácidos, apimentados ou duros podem piorar a irritação na boca.

Conclusão

A doença mão-pé-boca é uma infecção viral comum na infância, mas que pode ser prevenida com medidas simples de higiene. Embora a doença geralmente tenha um curso leve e autolimitado, casos graves podem ocorrer, exigindo atenção especial.

Adotar hábitos de higiene e conscientizar familiares sobre a importância da prevenção são passos essenciais para reduzir a disseminação do vírus. Se surgirem sintomas, buscar orientação médica garante um manejo adequado da doença.